Independência é um substantivo feminino, condição da pessoa livre, também é o estado de não depender de outro para existir, tal como a independência financeira, emocional, espiritual e outras.
Independência também é uma condição de um grupo, como o nosso, que não se submete a tabus, no nosso caso o de imposição das roupas e que lutamos para que todos saibam que a nudez é legal, é um direito natural.
Hoje me peguei pensando no porque o Dia da Independência, recebe mais atenção e glamour que dias que foram mais significativos para o Brasil, como: 22 de abril chegada dos portugueses; 13 de maio dia Lei Áurea; 29 de agosto dia reconhecimento do Brasil como nação livre por Portugal e outras nações; 27 de agosto, o dia do fim da Guerra da Cisplatina, a maior guerra que o Brasil se meteu; 5 de outubro dia da Constituição Brasileira e damos ênfase ao 7 de setembro? Dia no qual no qual D. Pedro, retornando da visita a sua amante, estava “apeado”, com desarranjo intestinal, no o riacho do Ipiranga, e foi alcançado por mensageiros da princesa e ministros, exigindo que ele decretasse o rompimento com a corte portuguesa sob o risco de perder o comando da nação.
Para quem não sabe o quadro de Pedro Américo, “Independência ou Morte!”, também conhecido como “O Grito do Ipiranga”, foi uma alegoria encomendada por D. Pedro II, para homenagear o pai e apagar a imagem cômica acima e foi somente entregue quando já éramos república.
Sabemos que a história é ajustada e as datas que comemoramos são escolhidas com a finalidade de justificar a história do grupo que está no poder, por exemplo, o dia da Inconfidência só passou a ser comemorado na década de 60, antes poucos sabiam quem era Tiradentes.
Mas acredito mesmo, que o apego popular ao Dia da Independência, é porque a Independência é um valor em si, sinónimo de liberdade e não queremos estar sob o jugo de outros e principalmente de governos despóticos.
Para viver a plena Independência, o naturismo precisa que o Estado seja laico e democrático, todas outras possibilidades ao contrário são risco ao nosso estilo de vida.
Para o florescimento do naturismo se faz necessário que aceitemos e façamos a defesa da independência, como: a independência de imprensa; a independência da Cultura; a independência de etnias que foram escravizadas; a independência dos indígenas que precisam da Terra para viver sua independência, independência dos LGBTQIA+ serem tal como são; a independência dos deficientes impedida por barreiras arquitetônica e a independência daqueles que encontraram formas diversas de constituição familiar.
Independência tem tudo haver com o naturismo, com o sentimento de liberdade e o bem-estar propiciado por libertar-se das roupas, pelo direito de estar em espaços naturais com familiares e amigos em nudez social, esta liberdade que precisa ao respeito ao próximo, do respeito pela integridade de seu corpo e pela sua liberdade.
Somente entendendo que a nossa independência depende da independência de todos, podemos sonhar com a naturalização do naturismo.
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