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A hipocrisia do Naturismo, ou comportamento naturista hipócrita? A questão do “Ser” naturista e do “Estar” naturista volta à discussão, de tal modo que é inevitável a mistura de conceitos e dos seus entendimentos. Numa área particular, onde a prática do Naturismo é permitida em tempo integral aos adeptos, de repente se aproxima um “naturista” e pede a você para que coloque a roupa porque estão chegando visitas, digamos, pessoas partidárias da doutrina do Conservadorismo, e aquele “ambiente despido” causaria constrangimentos.
Muito difícil de imaginar a cena, sobretudo se a pessoa imaginativa não a vivenciou devidamente inserida no contexto. Importante salientar que os proprietários do tal “espaço restrito” se consideram naturistas de carteirinha, sem modéstia ou distinção alguma.
Ficou entendido que era facultado a todos o direito de ficar NU, dos pés à cabeça, respeitando-se as vontades de cada um. Quando a filosofia é quebrada por “imposições”, ainda que momentâneas, desfaz-se a corrente, os elos não voltam ao estágio original – como resultado, inicia-se o processo de debandagem geral, ou melhor, permanecem no “espaço restrito” os indivíduos que “estão naturistas” por algum motivo não revelado, mas que, sem dúvida alguma, em determinado momento será identificado pelos “Seres” realmente naturistas.
Fato é que comportamento naturista hipócrita deixa vestígios, provas materiais e circunstanciais. Observo que nas praias oficiais naturistas – estou falando das brasileiras – também é comum a figura do “curioso sem roupa”, que “está naturista” porque foi obrigado a tirá-la para ter acesso à praia, do contrário não poderia. Geralmente esse indivíduo (ele e/ou ela) permanece no ambiente por pouco tempo e não volta mais. Por quê? A resposta é clara, amadurecimento através do convívio duradouro.
Os que “são naturistas” sabem o porquê. Aquelas pessoas que, temporariamente, se consideram “naturistas despidos” acabam sendo exemplos para muitas outras; nesse particular, o culto ao corpo perfeito é o diferencial observado.
O Naturismo / Nudismo, por si, não é hipócrita, salvo se as pessoas inseridas na prática casual tenham a falsidade como desvio comportamental, que acaba virando regra – uma provável exigência da sociedade moderna, que modela os pressupostos. De enganos todos nós vivemos, mas, enganar-se é imperdoável; isso só faria sentido pela total falta de amor próprio. Pensei em não colocar neste artigo imagem relacionada, qualquer exibição de desenhos, fotos, clipes ou filmes, de modo que tais peças decorativas, a meu sentir, deveriam ficar reservadas tão somente a salas próprias ou fóruns apropriados para discussão de “temas filosóficos”. Mudei de ideia e resolvi “colar” foto de “singelo ato de nudismo” registrado numa época em que o Nudismo / Naturismo era coisa, digamos, mais pura, romântica, inocente – para não ferir suscetibilidades, digo que descarto a questão da seriedade.
Deste tempo restaram, apenas, fragmentos de recordações; momentos vividos e de experiências registradas na memória. Fatos marcantes que me levam a crer que a prática do Naturismo, em toda a sua essência, na plenitude, está se tornando cada vez mais um ato individual em ambientes privados, restritos ao quintal da casa, à laje no 50º andar do edifício, ou mesmo ao escritório particular fechado.
O nudismo coletivo está me assustando, as relações humanas estão deixando muito a desejar, e não adianta alguém tentar me dissuadir dos meus conceitos e das minhas interpretações, ainda que provoquem feridas expostas.
Praticante do Naturismo há mais de 03 (três) décadas eu acho que estou gabaritado a dizer ou escrever o que eu penso a respeito desse tema polêmico, curioso e ainda um grande mistério.
O espírito hipócrita demonstra pretensão ou fingimento de ser o que não é; pessoas escondendo-se atrás de uma máscara de aparência. Fingir qualidades, sentimentos, significa não aceitar a realidade. Não possuo, mas demonstro; não sou, mas afirmo o contrário. Pessoas separadas por superficialidades.
Há décadas ouvi de uma mulher Naturista: “Cruzo as pernas para ninguém ver o meu útero”. Enquanto isso o seu marido dizia: “Não me abaixo para que ninguém veja os meus testículos pendurados, ou, na pior das hipóteses, o meu ânus”. Preocupações pessoais que deveriam ser descartadas no mundo Naturista. Normalmente o auto-engano é desfeito numa mesa de cirurgia, ou, em último caso, no Departamento Médico Legal – dois lugares românticos que mostram verdadeiramente o quanto vale o monte de carne fresca ou morta que é constituído o corpo humano.
Liberta-te da casca e verás a beleza da alma. A falsidade quando se volta contra nós tem um cheiro de enxofre. Vícios e virtudes são como água e óleo, jamais se misturam, ainda que se aumente a temperatura das relações. O convívio com as pessoas provoca ações interativas e reações veladas.
Ações interativas que significam interação da teoria e da prática, na qual o desempenho dos papeis depende de decoreba. Reações veladas quando não assumidas em público, ficando restritas a ambientes particulares. Cada vez mais eu me convenço de que os indivíduos desprezam importantes valores, na medida em que outros de menor importância são priorizados segundo escala de interesses.
Observo que atitudes pessoais e comportamentos de grupo por vezes não condizem com a filosofia Naturista pregada. O Naturismo é uma porta aberta para a manifestação de sentimentos que não condizem com as regras estabelecidas e que em tese deveriam ser seguidas à risca. Não vamos ser ingênuos a ponto de acreditar que todas as pessoas pensam da mesma forma. “Quero ver o seu corpo nu e deliciar-me com ele; admirar as formas, os contornos, até mesmo possuí-lo virtualmente” – diriam os incautos.
Por mais que se tente, não conseguimos formar um grupo seleto. Resumimo-nos a meia dúzia de gatos pingados, que se esforçam para estabelecer compromissos com a causa. Posturas filosóficas excessivas desvirtuam a realidade, dura e cruel de ser enfrentada.
Maçantes aulas sobre Naturismo têm afugentado alunos do “ensino fundamental” e não conseguimos formar nenhuma turma. Ao final, sobram professores e faltam alunos dispostos a aprender e praticar.
Uma experiência vivida no Rio de Janeiro há 24 anos, mais precisamente em 1990, levou-me a fazer o presente comentário, e, é óbvio, que qualquer semelhança com vivências atuais é mera coincidência. Na verdade, eu não perco a esperança de conviver com um grupo de pessoas, no qual, o comportamento de cada indivíduo se torne estímulo para o outro, segundo filosofias uníssonas – isto é “SER” Naturista, sem carteirinha.
Muito difícil de imaginar a cena, sobretudo se a pessoa imaginativa não a vivenciou devidamente inserida no contexto. Importante salientar que os proprietários do tal “espaço restrito” se consideram naturistas de carteirinha, sem modéstia ou distinção alguma.
Ficou entendido que era facultado a todos o direito de ficar NU, dos pés à cabeça, respeitando-se as vontades de cada um. Quando a filosofia é quebrada por “imposições”, ainda que momentâneas, desfaz-se a corrente, os elos não voltam ao estágio original – como resultado, inicia-se o processo de debandagem geral, ou melhor, permanecem no “espaço restrito” os indivíduos que “estão naturistas” por algum motivo não revelado, mas que, sem dúvida alguma, em determinado momento será identificado pelos “Seres” realmente naturistas.
Fato é que comportamento naturista hipócrita deixa vestígios, provas materiais e circunstanciais. Observo que nas praias oficiais naturistas – estou falando das brasileiras – também é comum a figura do “curioso sem roupa”, que “está naturista” porque foi obrigado a tirá-la para ter acesso à praia, do contrário não poderia. Geralmente esse indivíduo (ele e/ou ela) permanece no ambiente por pouco tempo e não volta mais. Por quê? A resposta é clara, amadurecimento através do convívio duradouro.
Os que “são naturistas” sabem o porquê. Aquelas pessoas que, temporariamente, se consideram “naturistas despidos” acabam sendo exemplos para muitas outras; nesse particular, o culto ao corpo perfeito é o diferencial observado.
O Naturismo / Nudismo, por si, não é hipócrita, salvo se as pessoas inseridas na prática casual tenham a falsidade como desvio comportamental, que acaba virando regra – uma provável exigência da sociedade moderna, que modela os pressupostos. De enganos todos nós vivemos, mas, enganar-se é imperdoável; isso só faria sentido pela total falta de amor próprio. Pensei em não colocar neste artigo imagem relacionada, qualquer exibição de desenhos, fotos, clipes ou filmes, de modo que tais peças decorativas, a meu sentir, deveriam ficar reservadas tão somente a salas próprias ou fóruns apropriados para discussão de “temas filosóficos”. Mudei de ideia e resolvi “colar” foto de “singelo ato de nudismo” registrado numa época em que o Nudismo / Naturismo era coisa, digamos, mais pura, romântica, inocente – para não ferir suscetibilidades, digo que descarto a questão da seriedade.
Deste tempo restaram, apenas, fragmentos de recordações; momentos vividos e de experiências registradas na memória. Fatos marcantes que me levam a crer que a prática do Naturismo, em toda a sua essência, na plenitude, está se tornando cada vez mais um ato individual em ambientes privados, restritos ao quintal da casa, à laje no 50º andar do edifício, ou mesmo ao escritório particular fechado.
O nudismo coletivo está me assustando, as relações humanas estão deixando muito a desejar, e não adianta alguém tentar me dissuadir dos meus conceitos e das minhas interpretações, ainda que provoquem feridas expostas.
Praticante do Naturismo há mais de 03 (três) décadas eu acho que estou gabaritado a dizer ou escrever o que eu penso a respeito desse tema polêmico, curioso e ainda um grande mistério.
O espírito hipócrita demonstra pretensão ou fingimento de ser o que não é; pessoas escondendo-se atrás de uma máscara de aparência. Fingir qualidades, sentimentos, significa não aceitar a realidade. Não possuo, mas demonstro; não sou, mas afirmo o contrário. Pessoas separadas por superficialidades.
Há décadas ouvi de uma mulher Naturista: “Cruzo as pernas para ninguém ver o meu útero”. Enquanto isso o seu marido dizia: “Não me abaixo para que ninguém veja os meus testículos pendurados, ou, na pior das hipóteses, o meu ânus”. Preocupações pessoais que deveriam ser descartadas no mundo Naturista. Normalmente o auto-engano é desfeito numa mesa de cirurgia, ou, em último caso, no Departamento Médico Legal – dois lugares românticos que mostram verdadeiramente o quanto vale o monte de carne fresca ou morta que é constituído o corpo humano.
Liberta-te da casca e verás a beleza da alma. A falsidade quando se volta contra nós tem um cheiro de enxofre. Vícios e virtudes são como água e óleo, jamais se misturam, ainda que se aumente a temperatura das relações. O convívio com as pessoas provoca ações interativas e reações veladas.
Ações interativas que significam interação da teoria e da prática, na qual o desempenho dos papeis depende de decoreba. Reações veladas quando não assumidas em público, ficando restritas a ambientes particulares. Cada vez mais eu me convenço de que os indivíduos desprezam importantes valores, na medida em que outros de menor importância são priorizados segundo escala de interesses.
Observo que atitudes pessoais e comportamentos de grupo por vezes não condizem com a filosofia Naturista pregada. O Naturismo é uma porta aberta para a manifestação de sentimentos que não condizem com as regras estabelecidas e que em tese deveriam ser seguidas à risca. Não vamos ser ingênuos a ponto de acreditar que todas as pessoas pensam da mesma forma. “Quero ver o seu corpo nu e deliciar-me com ele; admirar as formas, os contornos, até mesmo possuí-lo virtualmente” – diriam os incautos.
Por mais que se tente, não conseguimos formar um grupo seleto. Resumimo-nos a meia dúzia de gatos pingados, que se esforçam para estabelecer compromissos com a causa. Posturas filosóficas excessivas desvirtuam a realidade, dura e cruel de ser enfrentada.
Maçantes aulas sobre Naturismo têm afugentado alunos do “ensino fundamental” e não conseguimos formar nenhuma turma. Ao final, sobram professores e faltam alunos dispostos a aprender e praticar.
Uma experiência vivida no Rio de Janeiro há 24 anos, mais precisamente em 1990, levou-me a fazer o presente comentário, e, é óbvio, que qualquer semelhança com vivências atuais é mera coincidência. Na verdade, eu não perco a esperança de conviver com um grupo de pessoas, no qual, o comportamento de cada indivíduo se torne estímulo para o outro, segundo filosofias uníssonas – isto é “SER” Naturista, sem carteirinha.
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